Ela acaricia
o cachorro
hesitante
em seu braço.
Ele jura que o
perfume
é lavanda barata
“menos de 10
reais”.
Ela lança o
torso
arquejando um
gancho
com seios
pendentes.
Ele é vértice
de um ângulo
reto
uma geometria
que pulsa.
Se olham.
Se olham
pupila com
pupila.
Se olham
se equilibra
seco o olhar.
Se olham
dez mil anos depois
no fundo do mar
como aqueles
corpos
petrificados em
Pompéia
morrendo a
caminho da porta.
Um comentário:
aí, o cachorro acorda?!
que mais?! Planejando um final feliz pra esse texto bonito
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