terça-feira, 13 de maio de 2008

21


Entre o lembrar e o esquecer se coloca um mundo.

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Conto os minutos sabendo que, depois, terei que me embriagar de esquecimento.
Como um menino que - imaginando estar dentro de uma nuvem - tenta agarrar a neblina,
vejo escapar por entre meus dedos a criação continuada: grave consciência.

A ilusão me foge porque repousa na naturalidade dos dias fragmentados,
na certeza que se esvai com o eco das palavras,
no café quimicamente vivo.

Perdi ---

o

----- éter místico ---


---------------------------- que ----------------

envolve e conecta ---


---- as coisas.



E, lá fora,
tenho a impressão de que o mundo suspira,

quando, na verdade,

é apenas o vento.