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O belo espetáculo
da morte de uma constelação
Estende-se no tempo
para além de si:
dobra vagarosa do universo.
Da mesma forma,
a morte de um robô lança luz
sobre a experiência humana:
num ponto de calor, a intensidade da morte iminente
se transforma em pura poesia;
a experiência humana,
encontra seu paroxismo no salto quântico da história,
mostrando ao universo a beleza travestida de angústia,
explodindo em um milhão de cores
que se perdem no vácuo,
na dobra,
e se dispersam,
rarefeitas,
'like tears in the rain'.
O robô guarda a resposta para o silêncio do homem
em sua busca pela beleza fugidia:
'time to die'.