Sobre as coisas
que nunca vieram
sobre tudo isso
te digo:
descansa um peso.
E sobre o impossível
carinho,
retido entre os sorrisos
de maio
- sua improvável
dissimulação –,
fez-se pouca fumaça
quase visível
quase invisível.
Como se
maio
(não é maio)
é este tempo
em que acordamos
passamos café
e dizemos te amo
são coisas que passam ao largo
deixam sua marca
o signo
de maio
“Fecha as cortinas
que este calor não é de hoje”