Minha consciência parece estar em tudo sem estar em nada.
Meus sonhos misturam, ao som de um Mozart soturno, habitus e campo sem o menor constrangimento: Bourdieu em tudo, até na calda de chocolate que cobre o sorvete de flocos.
Internalizei a chatice antropológica e me atrevo a analisar esquizofrenicamente a minha própria composição.
Cansaço, eu sei. Mas para que explicações simples?
Estafa do mundo e das pessoas que andam sobre ele gritando, discursando, pagando, metaforizando, sexualizando, deserotizando, musicando, fofocando, provando, desessencializando, essencializando, procurando, acalmando e, principalmente, ironizando.
Chega de gerúndios rodopiantes!
'Não quero mais saber do lirismo que não seja libertação!"
Até você, Manuel?
Eu não quero mais é saber de posts com moral da história.
Portanto eu deixo a você, leitor caridoso desse blog, a tarefa de ligar gratuitamente para o 0800 e me dizer qual é a razão de ser deste texto que lhes apresento.
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
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Um comentário:
onde ficamos, sem saber onde estamos? mas li o fe, lipe em mim, feliz fiquei. sinto-te perto e dedico à nossa amizade versos meus, junto com um beijo doce:
Vira mundo, vira dia
E nada fica senão eu
Negar a essência, empreitada em demora
Hoje não.
Busco a minha e a mágoa me abandona.
Nenhum sentido é vazio se sentido
Nenhum vazio é sentido se ignorado
Por isso me entrego, da aurora ao ocaso
A cavar a terra que me preenche
Adubar o solo em que me abro.
Não ser um vegetal, por isso sentir
Sentir até demais, portanto sofrer
Raízes não no chão, mas bem em meu ser
Raízes – razão, razão de viver.
Pois bem, cresço como que em um vaso
Sem um só lugar, mas acompanhando a luz
Movo-me conforme o pensamento conduz.
f.e.r.
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