Me ocorreu que cada pensamento, um pouco antes de dormirmos, é uma tentativa desesperada de nos salvarmos da queda em um abismo.
Como um buraco negro, o sono engole o tempo.
Sem ele, nossa consciência deixa de existir.
Os pensamentos, por sua vez, nada podem fazer. Quando o tempo é completamente consumido, um âmbar os envolve e os rebaixa a um nível não alcançável pela consciência.
Ela por fim se resigna.
Enquanto eles se entretêm sozinhos num jogo viciado e doentio, como uma TV que é assistida por uma sala vazia.
domingo, 9 de dezembro de 2007
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