As palavras são corpos
Que vivem, dançam, entrelaçam-se à beira de um abismo.
As palavras são corpos em dúvida,
Esbarrando na multidão, roubando olhares.
Os corpos e as palavras têm a mesma substância:
Lembranças coletivas num desesperado movimento desbotante.
As palavras se degeneram,
Morrem aos poucos.
Compõem o seu último abraço no limite do agora.
Depois, descansam em túmulos para serem visitadas e resignificadas.
A morte da palavra, como ela é necessária!
Poderia eu segurá-la na carência de sua vida, em sua eterna indefinição?
Infelizmente, quando minha consciência lança sua mão para agarrá-la, é tarde demais.
Num suspiro seco, a palavra cai sobre seu próprio corpo fatigado, desabando em sua própria sombra larga.
domingo, 23 de dezembro de 2007
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